As regras americanas, 200 Milhas de Daytona - 1974

Nos anos 70, nos Estados Unidos da América, a American Motorcyclist Association (a federação que tutela o motociclismo do outro lado do Atlântico), por forma a evitar que as equipas de fábrica utilizassem motos muito caras que desequilibrassem demasiado as performances do plantel, criou uma regra cuja intenção era a contenção de custos.

Assim, o motor da moto vencedora em cada corrida poderia, se fosse desejo de qualquer dos outros concorrentes, ser leiloada entre os pilotos, sendo que o preço base do leilão seria o custo da moto de série (ou competição cliente) que dava origem à moto de fábrica em causa!

Em teoria, isto condicionaria o desenvolvimento e o custo das motos de fábrica, ninguém iria gastar 10 para vender por 5, com a agravante de, eventualmente, entregar, de mão beijada, tecnologia de ponta!

Não tenho conhecimento de esta regra ter criado grandes convulsões, o que, no meu entender, indica algum acordo tácito no paddock!

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Ainda assim, reza a história (não confirmada...) que em 1974, nas 200 Milhas de Daytona, servindo-se deste regra, Patrick Pons terá adquirido, por, reclamação de, 5.000 USD, o motor da YAMAHA de fábrica utilizada por Giacomo Agostini para vencer a corrida!

É um facto que no dia seguinte a YAMAHA TZ 750cc do italiano estava de volta à sua equipa, contrariando a ideia de que as motos de fábrica eram iguais ás dos outros pilotos, caso contrário não valeria o esforço da YAMAHA para re-adquirir a Patrick Pons que, forçosamente, nesta operação, terá que ter embolsado um bom lucro!

Ainda assim, segundo a, diferente, versão avançada por Philippe de Lespinay, Nobby Clark, técnico, na altura, responsável pela YAMAHA de Agostini, terá convencido Pons a devolver o motor.

Pons devolveu-o porque o mesmo não apresentava diferenças significativas em relação ao bloco de série e, também, porque Nobby lhe terá dito que, se não fizesse, nunca mais seria ajudado pela YAMAHA!...

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